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Punição: como aplicar? É eficiente na educação dos filhos?

Você já ouviu a frase "minha mãe/pai vai me matar se souber que fiz/falei isso" ? Pois é, culturalmente a educação dos filhos foi sinônimo de punição corporal.


Muitas vezes, diante de comportamentos inadequados das crianças, os pais sentem raiva e acabam dando palmadas para "aliviar" sua própria tensão, achando que isso pode sanar o problema através do uso da força e poder para intimidar e punir. Geralmente isso ocorre no descontrole dos adultos diante das situação desagradáveis. O ato de bater transforma-se em uma "vingança" e não em educação. Nesses casos pode surgir sentimentos de culpa por parte dos pais, de forma que se comportem inadequadamente. Por exemplo quando já haviam proibido o filho de jogar videogame e voltam atrás devido a culpa, permitindo que jogue mesmo pós "birra". Dessa forma as crianças podem aprender que os pais não cumprem o que falam ou voltam atrás quando há uma certa insistência. A punição corporal não possui efeito como método para acabar de vez com algum comportamento não desejado. Na verdade as crianças podem até se "acostumar" com a situação de punição após algum tempo.

De modo geral, a punição quando aplicada com certa frequência, não apenas a corporal (palmada), pode gerar uma série de emoções negativas na criança. Ela pode sentir raiva ou medo do adulto, ou mesmo se sentir culpada achando que faz tudo errado e pode também se sentir desamparada e com baixa autoestima. A punição não deve ser constante. Mas então, como eliminar o comportamento inadequado da criança? Bem, podemos agir principalmente na prevenção, no entanto, antes mesmo de falar sobre isso, precisamos entender que a criança também tem o direito de errar, pois muitas vezes erra sem intenção, ela não vem pronta e não sabe de tudo. Então ela irá explorar para aprender. Então saber identificar se o ato foi intencional ou não já é um começo.


Precisamos ter um bom diálogo com os pequenos para que eles possam entender as regras (por mais que sejam muito claras para a gente, talvez para eles não), o comportamento que você espera e as consequências. É muito importante fornecer dicas verbais como : "escove os dentes após as refeições", "Não jogue futebol na sala" para que a criança lembre de realizá-las. E se a criança obedeceu, reconheça e elogie. É mais fácil quando enfatizamos o positivo. Você já testou ignorar o comportamento ao invés de punir? É possível também utilizar o time out diante do comportamento inadequado afastando a criança da situação estressora e a deixa sozinha por alguns minutinhos (de acordo com sua idade). Após esses minutinhos (quando a criança ficar mais calma), vocês podem conversar sobre o ocorrido de forma tranquila, sem gritos ou xingamentos. Os castigos ou penalidades diante de comportamentos graves podem acontecer as vezes e ajudar. Desde que não sejam frequentes, severos ou exagerados, mas justos. Ex de punição exagerada : "você escondeu seu boletim então vai ficar dois meses sem jogar bola com seus amigos". Ex de punição justa: "você xingou e bateu no seu primo, então você vai pedir desculpas e vai ficar sem jogar videogame (ou celular) hoje e amanhã para entender que não podemos xingar e bater nas pessoas sem consequências desagradáveis"


Viram? É possível educar sem punições corporais e severas.

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